As notícias mais recentes am-nos a impressão de que o país esfarela-se, arde e enlameia-se física e moralmente nas altas esferas do poder. Nota-se início de decepção que pode espalhar-se levando ao desânimo uma população que, não faz muito, sentiu renascer a esperança de dias melhores.

Na quarta-feira (13), envolvidos que estávamos no "barraco" entre o "filho de Jair", Carlos Bolsonaro (que xingou publicamente de "mentiroso" o ministro da Secretaria-geral da Presidência, Gustavo Bebiano), quase nem percebíamos novidade na delação do ex-ministro petista Antônio Palocci envolvendo a ex-presidente Dilma Rousseff. A fofoca palaciana sobrepunha-se a mais um suposto ato de corrupção.

Puxando essa realidade para a nossa praia, torçamos para que a tendência ao desânimo não nos atinja. A "praia" de Jacareí pode não ar de um sonho apenas. Temos enroscado um projeto que incrementaria o turismo local e mudaria o perfil da cidade. Uma obra arrojada que transformaria as margens do Rio Paraíba, da altura da Rua Lamartine (que outrora foi Rua da Prainha), no Jardim Liberdade, às proximidades do Prolongamento do Jardim Santa Maria, de onde sairia a tão necessária "terceira ponte". Embora com financiamento aprovado e à disposição do Município, foram apontados alguns entraves ambientais que exigem alteração dos projetos.

Infelizmente, uma reunião, há cerca de uma semana, entre representantes de Jacareí e do Ministério Público Estadual, não chegou a um acordo que autorizasse a realização da obra. Ameaça, inclusive, para o desenvolvimento do setor municipal de turismo a impedi-lo de voos mais altos que projete o nome da cidade já considerada "de interesse turístico". Porém. Outro problema sobrepôs-se: houve o corte de uma parcela considerável de servidores comissionados, cuja contratação fora considerada irregular pelo Tribunal de Contas do Estado. Infelizmente, desemprego – compreende-se – impõe-se também a projetos de turismo; é a notícia pior abafando a ruim.

É a nossa opinião.